14 de dezembro de 2014

Insanas Para Amanhã


São poucas as coisas quais eu tenho sanas em minha cabeça
Sanas, puras, resguardadas e estruturadas em forma de cristal
Não consigo mais beber dessa fonte rasa de inspiração e nem
Contornar com os dedos esse cálice de aço gelado e prepotente.
Quem eu sou hoje não reflete e nem retrai. Então, quem sou eu?
Uma osmose de pensamentos ambulante? Um caleidoscópio quebrado?
É um frio caloroso, arrepiante e que trás verdades que me deixa assim,
Desamparada, tremendo, com medo, vazia, crua, quem outrora fui e hoje sou...
A quem pertenço? Sou do mundo, sou da terra, sou do mar, sou da floresta
Eu sou o mundo! Não caibo em eu mesma... E se hoje sou assim...
Amanhã como serei? Quem eu serei? Retalhos de quem eu fui?
Fragmentos de mundo destruído? Um mar poluído e sem inspiração?
Um quase sem poesia? Não. Não sei viver assim. Não devo viver assim.
Prefiro minhas ideias insanas e psicodélicas que enfeitam os pilares
Da minha criatividade, prefiro o horizonte azul e Sol explosivo forte...
Prefiro aquela bagunça que no meio de bugigangas ainda era arrumada.
Prefiro o cheiro de tinta e as que mancham o chão, prefiro ser pra mim.

Daniele Vieira

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