30 de novembro de 2014

De Domingo



Das tardes de domingo,
Das horas que não passam,
Dos pressentimentos não sentidos,
Da escuridão enorme,
De tudo que trás esse querer ser e
Do que eu não posso e já perdi.

Horizontes quebrantados,
Horas jogadas no mar,
Horas que vão e vem devagar,
Horas que fogem todo instante,
Há motivos para querer julgar?
Há razão que me aprisione?

Quando tenho os mesmos medos
Qualquer coisa não basta
Quer saber?
Quase escapa pelos meus dedos
Quase esqueço de esquecer
Que não preciso ser tão complicada.

Mas como me descomplicar?
Mais amor pra cá? Mais poesia?
Mar e maresia?
Mora lá perto de casa,
Muda pra praia,
Minha manha de domingo.

Daniele Vieira

Nenhum comentário:

Postar um comentário