13 de setembro de 2014

Inconstantes


Como praticar o desapego se não apego e nem pego por pouco ego.
Nem nego quem dirá entrego minhas razões por outras ações de benevolência
Essência selvagem age nesse aparelho carnal, mas sou muito mais que isso
Sorrio de canto, se eu ainda canto em meio de falsos prantos dramáticos
Por que tento me sentir assim? Alguém que não faz parte de mim? Cadê o fim?
Sentimentos cítricos, cêntricos e inconstantes insistem por todo instante
Em não querer mudar e nem moldar nada que possa afirmar o que já passa
E olha! Já passou e talvez passará de novo... Sentimentos sazonais
Urbanos levianos nos bancos das praças, nas calçadas e por onde encontro
Planos de fundo e planos sem fundos, fundamentos e que nem são fundamentais
Alça ao desespero por erro, erro? Erro por medo isso sim, medo motiva
Cativa e cria, mas não deveria quando se tem algo melhor e tão constante
Algo que não é e não pode ser, mas talvez será, assim, poesia entre meus dedos.

Daniele Vieira

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