12 de abril de 2014

Toda Vez Ninguém Sabe




















Eu sinto como nunca devesse ter, 
Não acho que eu acharia uma outra forma;
Toda vez, toda vez que eu vejo essas farpas no chão
Ninguém sabe, para quê saber? Não tenho certeza do que vejo
E esse lance de escadas já foram mais inspiradores... Mais coloridos.
E essas mentiras, de ontem, que faleceram nesse piso frio, e esses sussurros
De sempre que nunca vão embora, nunca deixaram de ser eles mesmos por outrem.
Eu sinto como nunca devesse entender, não acho que encontraria uma outra solução toda vez,
Toda vez que eu observo essas farpas pintando o chão, ninguém sabe. Para quê saber? Tenho certeza
Do que vejo, esse lance de escadas já foram menos drásticos... Menos vermelho. E esses desejos,
De todo dia, que borraram nesse piso frio, e esses estímulos de outrora que já vão embora
Nunca deixaram de ser eles mesmo por outrem. Eu sinto como nunca devesse parar... 

Daniele Vieira

2 de abril de 2014

Almejar


Saber e querer já é mais do que pretendo com esses versos
Não é que eu tenha uma ideia formada de como as coisas são e como deveriam ser,
Nem uma que me obrigue a ficar aqui dobrando pensamentos e arredondando suas arestas,
Nem nada, nada que caiba aqui, nem nesse meu instinto emblemático de querer criar
O que não sei expressar... Não saber é diferente de não almejar. Eu almejo.

Achar e ter já é muito mais do que pretendi com esses versos
Não é que eu tenha uma ideia formada de como as coisas são e como deveriam ser,
Nem uma que me obrigue a parar e esquecer do pálido eufemismo e da afiada caligrafia,
Nem nada, nada que deixe de ser, nessa minha estreita vontade de transgredir
O que não consigo alcançar... Não conseguir é diferente de não almejar. Eu almejo.

Daniele Vieira