20 de janeiro de 2013

Borrei Meu Azul De Vermelho


Borrei meu mar parnasiano de vermelho,
Minha estrada com decoração para casório...
No meu azul turquesa manchando o desabrochar,
Onde as pétalas esquecem de dançar
Para prestigiar o vazio da solidão.

Borrei meu batom vermelho anos 50,
Acinturei meu desejo para não desejar todo tempo
O outro lado da história, homenageando o improvável,
Andando na neblina, brindando pelo vão
Que ocupa meu meu coração.

Borrei meu azul de vermelho, 
Talvez fosse meu medo crescendo por inteiro,
Medo de estar sozinha na neblina, de estar à deriva
Na beira de outra loucura paradoxal,
Que ninguém entende.

Daniele Vieira

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