30 de agosto de 2012

Matando Meus Escrúpulos I


Uma brisa assoprou nos meus ouvidos, murmúrios apunhalando sentimentos
E aquela dor era reconfortante... Era de sair da minha utopia atrás de desejos...
O inverno me pegou de surpresa, me pegou crescendo no profundo,
Me pegou matando meus escrúpulos. Matando minhas alegorias imperfeitas.
Já não me basta essa sensação, já não me segura essa comunicação com o além.
Deito-me nessas ideias naufragadas, giro-me no equivoco e me embriago
Nas lágrimas que abastecem esse mar de esperanças, me espelho nesse ser
Sem paradoxo intelectual... Como queria que eu saltasse para esse outro mundo?
Queria que eu caísse nessa artimanha? Me afogo entre flores amargas...
Eu quebrei minha promessa. Eu sinto. Eu arrasto essa dor até em minha exaustão!
Quando o que eu mais quero é que meus pés toquem no chão! E que o calor
Da terra me fizesse cair de joelho perante a realidade e olhar para todos
Esses fantasmas que me cercam, não temendo nenhum. E não me machucar
Com outra desculpa, com outra incapacidade de admitir que eu errei...
Por isso estivesse matando meus escrúpulos, para que não virem virtudes imperfeitas.

Daniele Vieira

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