30 de dezembro de 2011

Pelo amor à vida - New Year Eve


 Uma vez me disseram que tudo na vida tem um motivo. Eu defino-a com capítulos. E com o passar do tempo minha alma acumula sabedoria e, é ousado dizer que, eu me perdi. Eu tive que me perder. Apesar da agonia e da exaustão, eu saio desse capítulo mais esclarecida.
Dezembro, os anjos cantam.
Ilumina meus caminhos.
"Ilumina meus pensamentos."
Vem, tu que iluminarte.
Lembra dos planos? Aqueles que com o tempo tu passou a ter medo. Eu estava tão cega, e agora a minha visão está cinzenta. Chega daquela velha história de "Confia em mim." e "Eu vou dar um jeito.". Está mais que na hora de saber e acreditar em si mesma.
New Year Eve,
Agora, grita para o mundo ouvir.
"E os sonhos com que você ousa sonhar, realmente realizam-se."
E o que importa, é o quanto isso te faz feliz.
Passou, e eu sentir. Quanto forte pode ser a depressão. Passou, e eu sentir. Quanto excitante pode ser a vitória. Um novo ano vai começar, mais um motivo para ser forte. E tudo que tu sabe, vai aprender mais e mais. Eu vou amar como se eu nunca tivesse me decepcionado.
Pelo amor à vida,
Quem sabe, te encanto pela minha aura.
"Seja a transformação que você quer ver no mundo."
Pelo desafio que foi me dado:
Amar as pessoas cada dia mais e aprender a expressar esse sentimento.

Daniele Vieira

28 de dezembro de 2011

Céu Sereno


Trilhando mares profundos, das lágrimas aos cristais.
Sombreando a angústia, um maremoto de percusão.
Abalou, estendeu e relaxou. Suspendeu o sorriso.
Logo, logo se animou. Quem sabe a perda lhe ajudou.
Dança, céu sereno. Vem, me embriaga com seus desejos.
De tanto chorar, finalmente entendeu. Ora, quanto te ama.
Teimou e padeceu com nostálgia. Delínio com a perfeição.
Brilha, luz divina e imperial. É, querido, asopra devagar.
 Que aos poucos eu chego aonde quero chegar.

Daniele Vieira

26 de dezembro de 2011

Inspiração: Buda


"Saiba que todas as coisas são assim:
Uma miragem, um castelo de nuvens,
Um sonho, uma aparição,
Sem essência mas com qualidades que podem ser vistas.

Saiba que todas as coisas são assim:
Como a lua num céu brilhante
Em algum claro lago refletida,
Ainda que para aquele lago a lua jamais se moveu.

Saiba que todas as coisas são assim:
Como um eco que provém
Da música, sons e lamentos,
Embora nesse eco não haja melodia.

Saiba que todas as coisas são assim:
Como um mágico que fabrica ilusões
De cavalos, bois, carroças e outras coisas,
Nada é como parece."

Samadhi-raja Sutra ( Buda ) 

*Buda (sânscrito-devanagari: बुद्ध, transliterado Buddha, que significa Desperto, Iluminado, do radical Budh- ,"despertar")

25 de dezembro de 2011

Realidade


De repente, repentino.
Ele chegou de mansinho.
De doces lábios e nebulosos olhos.
Questionou e consquistou.
Preste ao encontro, os sonhos negou.
"E a realidade voltou."
Arrebatadora e chocante como sempre.
Por que tenho que a ti estar submissa?
Se já me amas, já sabes.
Se já sabe, logo entende.
O morrer sugere o renascimento.
Denovo, terra cansada.
Quem sabe brote, quem sabe cresça.
Que da vida, refloreça.
E amor seja breve... Seja breve e forte.
E a eternidade seja o aqui e o agora.

Daniele Vieira

12 de dezembro de 2011

Ideias urbanas


Corpos ilhados nesse centro de ideias urbanas.
Corroeu os laços de misericórdia. Desbravados?
Quando o imperfeito se torna angelical. 

Agora, relembro. Penso e consento.
Os focos são extintos aos poucos,
E a imensidão azul, já não é o céu.

Teu fundo, aos pés, já é vento.
Passou, levou meu pensamento.
Agora, só quero lembrar dos erros.

Ilusões, vem esse chão de poeta.
De poeta era só palavras. Ao mundo era nada.
Imaturos passos, relutantes com o medo

Mas na verdade, o sorriso te faz regredi.
Por causa dos teus medos... Ora, tem medo de mim.
Confusão plena, agrado estrangeiro.

E nesse turbilhão de motivos, o que me resta?
Se agora eu "Penso, logo existo."
Em danças, palpitam desespero, caiu e afundou.

Fragmentos, te lembro.
Tangencia meus pensamentos.
Porque a loucura já jaz no relento.

Daniele Vieira



11 de dezembro de 2011

Recomeça


Tudo que termina, recomeça.

Aos sonhos reencarna, alma enjaulada.

E o tremor nos teus lábios, te entrega.

Ah! Já era véspera... Tempo de acordar.

Desejo que a solitude te envolva.

E que nesse seleta dança, consiga mudar-te.

Olhos tristes, estrelas cravadas ao céu.

Vivo, respiro, cadê os meus dotes gentis?

Foi suficiente, recomeçou devagar...

Aprendeu a amar o certo, o pleno.

Quem sabe, ele amou o invisível.

Então, que o nosso amor seja transparente.

Tudo que termina, recomeça.

Isso se chama carma, não?

Chora, amor escasso. Imperfeita loucura.

Me beijou e devagar recomeçou...

Essa triste história de amor.


Daniele Vieira

Florescer


E nessa geada que me deixa,
As flores vão surgindo, e com o tempo
Vão rasgando esse manto de gelo.
Reestruturando sua forma que jazia,
Aos sonhos jazia... A neve que poetiza.
Entre essas lágrimas, já se tornam granizo.
Já a solidão, vira amiga.
Sorrir, floresceu sozinha! Menina tola.
Teus encantos já morreram, e essa juventude
Me deixou, te deixou. Floresceu e abandonou.
Ora, divina seja! Perfeita ilusão.
Os escrúpulos me deixaram...
E agora, primavera promíscua...
Quem te segura, quem te faz florescer?
Te observo, te quero. Me ensina a florescer.

Daniele Vieira


10 de dezembro de 2011

Te deixa


E esse jeito de imperatriz, te deixa louca.
E esse cheiro de nardo, te deixa nostálgica.
E esse meio de sombras, te deixa idealizada.
E esse medo de errar, te deixa incapacitada.

 E as ideias que fluem desse livro, te deixa maravilhada.
E os sonhos que fluem desse livro, te deixa perplexa.
E os sentidos que fluem desse livro, te deixa imaculada.
E as virtudes que fluem desse livro, te deixa humilde.

E quem sabe, a loucura, te deixa ser imperatriz.
E quem sabe, a nostalgia, te deixa sentir o nardo.
E quem sabe, a idealização, te deixa encontrar as sombras.
E quem sabe, a incapacidade, te deixa achar a perfeição.

Te deixa maravilhada, as borboletas que fluem desse livro.
Te deixa perplexa, as energias que fluem desse livro.
Te deixa imaculada, as sintonias que fluem desse livro.
Te deixa humilde, os mistérios que fluem desse livro.

E, talvez, seja assim,
Que no final, ainda esteja,
Em tudo que surge em mim,
Como metamorfose seja.

É esse jeito, esse cheiro, esse meio, esse medo,
É as idéias, os sonhos, os sentidos, as virtudes,
É a loucura, a nostalgia, a idealização, a incapacidade,
É as borboletas, as energias, as sintonias, os mistérios.

Que me torna parte de livro,
Que se chama Minha Vida,
Que te torna quem eu quero,
Que a metamorfose venha.

Daniele Vieira

Solitude


"Solitude significa simplesmente completude. Você é íntegro; não há necessidade de ninguém mais para lhe completar.
Portanto tente encontrar seu próprio centro interior onde você está sempre só, tem estado sempre só. Na vida, na morte - onde quer que você esteja - você estará só.
Mas isso é tão completo, não é vazio; é tão pleno e tão completo etão transbordante com todos os sumos da vida, com todas as belezas e bênçãos da existência, que uma vez que você tenha provado de sua solitude, a dor no coração irá desaparecer.
Em seu lugar, um novo ritmo de tremenda doçura, paz, alegria, deleite, estará presente."

Osho, em "The Fire Of Truth"

7 de dezembro de 2011

Fardo


Com o tempo, disfarça. As rupturas que expõem teu declínio.
Somente só. Postura refratada, eixo relutante. Coração involuntário.
Bulhando exaustão, alça, aos ombros, os fardos passados. 
Que antes do salto alto, já era motivo da dor aos pés.
E os erros e as culpas, a mente perturba. Opaco aos olhos.
Ciclo de vida, espiritual e material, alienado.
Errando sorrindo é preciso. Saber que está errado.
Aceitação do carma, vida de saudades e crueldades.
Ires atrás da consciência inata do teu ser e, talvez, encontre.
Quem sabe encontra, a tua felicidade.

Daniele Vieira


3 de dezembro de 2011

Casando com as estrelas


Tenho certeza. Me argumento duvidosa.
Retalhos e estímulos, comprovam o apego.
Apesar de não saber. O sol nasce sorrindo.
E as estrelas... Ah, ainda continua formosa.
Descansa, punhado de purpurina no sossego.
Oh, Lúcida. Cansada, chorava já despedindo.

Beleza mimosa, tinha o dom de amar sem igual.
Devagar conchego, a ternura é uma lembrança.
Eu vou indo. Os vínculos já foram formados.
 Casando com as estrelas. Livrai-me de todo mal.
Segura, abre a mente. Perplexa de esperança.
Cresce só, ama o astro brilhante. Oh! meu amado.

Daniele Vieira